Os avanços da TI e os paradigmas da informação descentralizada

Não é novidade que a TI avançou muito mais na última década – do que em décadas anteriores – em relação a aplicativos e soluções web e, somando a este fato, a maior facilidade de utilização de tais aplicações em dispositivos móveis, vem ocorrendo outro fenômeno que é o crescimento das informações que estamos compartilhando, seja criando fontes de informações, acessando ou ainda compartilhando tais informações através da computação social.

Este cenário nos coloca em uma situação muito interessante por um lado que é a maior facilidade de aprendizado e a criação de novos pequenos e médios negócios, porém de muita dificuldade se olhamos através da ótica das grandes empresas, principalmente as mais conservadoras. E a questão é simples: Qual rumo tomar?

Bom, vamos começar pela questão das empresas que possuíam acesso limitado as soluções competitivas de TI, como, por exemplo, um ERP – que é algo básico para as grandes empresas – ou um sistema de Business Intelligence. Esta  nova forma de utilização do conhecimento humano, através de compartilhamento de informações e soluções através da Internet, permite hoje que uma empresa minúscula e com pouco capital, tenha sua estratégia de TI e suas respectivas soluções de tecnologia da mesma forma que as grandes para apoiar seu negócio, pois,  através da computação em nuvem e de inúmeras soluções baseadas em tecnologia web (principalmente no conceito web 2.0), novas empresas de tecnologias surgiram, fornecendo ao mercado soluções muito boas e com custo baixo. Isto não é mágica nem milagre, mas, trata-se de um grande avanço na descentralização do conhecimento e da capacidade de desenvolvimento de soluções, que até pouco tempo, concentrava-se em grandes “players” de TI, e agora está se consolidando de forma distribuída em toda a parte do planeta. Apenas como exemplo deste novo modelo, cito a Sales Force, que fornece soluções acessíveis a grande parte do mercado de pequenas e médias empresas, mas existem inúmeras soluções que atendem este mercado de maneira eficaz com custo muito atraente.

No outro lado da questão estão as grandes empresas que utilizam soluções tradicionais e possuem suas informações, teoricamente, armazenadas internamente, utilizando soluções dos mesmos grandes “players” de TI que citei anteriormente. Como manter uma estratégia de competitividade com empresas menores, tratar as informações de maneira inteligente e trocar o modelo utilizado por décadas, onde, toda a tecnologia está baseada em uma solução interna e passar a utilizar soluções externas, com custo operacional mais baixo, garantindo que este modelo de TI já estabelecido tenha continuidade através desta solução externa aos seus domínios? Pois é! Este é um desafio a ser superado nos próximos anos. Chegar a um modelo mais competitivo de adoção da tecnologia da informação, sem perdas ou prejuízos por conta de não ter mais um controle rígido – ao menos esta sensação de controle – de suas informações.

Adicionamos a esta bagunça, questões como barreiras comerciais sendo quebradas, a inércia das grandes empresas (que em sua maioria são ultraconservadoras), gente com ideias inovadoras, milhares de startups de TI surgindo pelo mundo afora e outras centenas de milhares de soluções, está pronta a confusão!

Então, a única coisa que nos resta é pensar… Como podemos utilizar de maneira inteligente, eficiente, eficaz e sustentável, este novo modelo que está surgindo e continuarmos a transformar problemas e ideias em soluções!

Um grande abraço!
Antonio Ricardo