O que é DevOps e será que você deveria aderir, ou não..?

Existem sempre muitas tendências e “buzzwords” acontecendo no setor de TI. DevOps é mais uma destas palavras que circulam já faz alguns anos e ainda causa muito barulho e até um pouco de confusão. A seguir, pretendo esclarecer e desmistificar o tema, apresentando conceitos básicos que podem ser úteis na hora de decidir qual o momento de aderir à cultura DevOps no seu time ou empresa.

Você se recorda de ter brincado de Lego com seus amigos alguma vez em sua vida, criando e recriando diferentes cenários? Apesar de parece estranho, se você já fez isto alguma vez e gostou, é provável que goste da prática de DevOps e seja aquela pessoa que fará a diferença no seu time por compreender bem o processo de criar e recriar cenários.

O sucesso – e obviamente o fracasso – na prática do DevOps está relacionado à forma em que você trabalha para que algumas engrenagens básicas, que movimentam a TI, funcionem de maneira sincronizada. São elas: Pessoas, Processos, Ferramentas e Colaboração.  É fundamental começar a montagem dos blocos com estes quatro elementos em mente.

Antes de abordar o conceito básico de DevOps, é bom entender o que não é DevOps: Analistas, Operadores, Engenheiros de Software e quaisquer outras funções ou profissões não são DevOps, ou seja, não existe o famoso Analista de DevOps, a não ser em ambientes onde DevOps não é compreendido corretamente. O mesmo se aplica a um departamento ou softwares de automação e orquestração, que muitas vezes são descritos como DevOps. Softwares como Jenkins, Juju, Chef, Terraform etc. são excelentes ferramentas que contribuem na automação (e orquestração) de processos, mas não deve ser confundidos com o conceito de DevOps.

A justificativa para o que mencionei acima é bem simples: O Conceito de DevOps está relacionado à cultura utilizada por um grupo de pessoas que atuam de forma colaborativa durante o ciclo de vida de um serviço de TI. O grupo de pessoas pode ser formado por Analistas de Sistemas, Analistas de Suporte, Programadores, Operadores, Analistas de QA, Arquitetos de Solução entre outros, buscando a entrega do serviço do início ao fim. Estas pessoas trabalham de forma colaborativa e criam processos, que ao atingirem um alto nível de maturidade confiabilidade, podem – devem – ser automatizados através de ferramentas.  Assim sendo, temos conectados os quatro elementos básicos que começam a compor a Cultura e fizemos a fusão dos times de Desenvolvimento e Operações criando o nosso DevOps.

Além deste entendimento básico da estrutura, existem muitos outros conceitos envolvidos na Cultura DevOps, difundidos na comunidade engajada nesta prática. Um destes conceitos refere-se a outro conjunto de quatro elementos conhecido como CAMS (em inglês, refere-se a “Culture, Automation, Measurement, Sharing”). Em tradução livre: Cultura, Automação, Medição (ou Medir), Compartilhamento. É possível conectar e montar os blocos entre Engrenagens e CAMS facilmente, pois, a Cultura está relacionada com as Pessoas e ao Compartilhamento. A Automação está diretamente relacionada aos Processos e Ferramentas. E por último a Medição relacionando-se às quatro engrenagens básicas (Pessoas, Processos, Ferramentas e Colaboração).

A representação a seguir foi criada apenas para efeito didático e pode ser organizada e reorganizada de várias formas, movendo os elementos, inserindo mais elementos ou ainda retirando alguns de acordo com a maturidade na cultura DevOps.

DevOps

DevOps Representação

Agora chegou a hora de você parar e analisar se deve aderir à Cultura DevOps. Faça um exercício, simulando sua situação real atual, distribuindo o que você já possui de recursos dentro dos times de Desenvolvimento (Dev) e Operações (Ops). É bem comum perceber a existência da maioria dos elementos como Ferramentas, Processos, Automação (mesmo que em nível inicial) etc. Então o que é necessário para poder afirmar que é possível a adesão imediata? A resposta é simples mais uma vez: Falta apenas implantar e compartilhar a cultura, criando um ambiente onde pessoas dos times de Desenvolvimento e Operações colaboram na busca de resultados comuns para entregar um serviço, sistema, solução ou como queira descrever tal entrega (DevOps juntos do início ao fim do ciclo). E para completar não se esqueça de medir o desempenho do conjunto. E, “voilà”, sua prática de DevOps funciona!

Acredito que pelo menos 95% das pessoas que leem os conceitos básicos e que façam o teste concluem que falta muito pouco para iniciar esta nova jornada para um funcionamento muito mais eficiente e com menores custos operacionais através da Cultura DevOps.

Espera aí que tem bônus! A seguir deixo descrições um pouco mais detalhadas e técnicas sobre alguns pontos principais da Cultura DevOps e no final do texto tem uma lista com alguns livros para você utilizar como referência.

Bônus:

O Básico para quem precisa compreender o conceito:
DevOps é a prática onde times de desenvolvimentos de sistemas e times de suporte/operação de TI atuam em conjunto em todo ciclo de vida do serviço, desde o processo de design e desenvolvimento até o suporte de produção. O DevOps também é caracterizado pela maneira que a equipe de operações atua, utilizando muitas técnicas que os desenvolvedores de seus sistemas trabalham. Por outro lado o time de desenvolvimento passa a compreender um pouco mais do que acontece durante a operação de um serviço/sistema devido à proximidade com o time operacional.
Podemos simplificar o conceito, dizendo que DevOps é prática onde times de Desenvolvimento e Operações atuam de forma colaborativa durante o ciclo de vida de um serviço ou produto.

Existem alguns componentes centrais na prática de DevOps que devem ser compreendidos:
Cultura, Automação, Medição (ou Medir), Compartilhamento (CAMS em inglês)
O termo – em inglês – CAMS refere-se a “Culture, Automation, Measurement, Sharing”

Apesar dos termos serem autoexplicativos, a seguir, explico o CAMS um a um:

Cultura: Refere-se à maneira como as pessoas envolvidas na prática do DevOps atuam e pensam. DevOps é muito diferente dos modelos tradicionais de gestão de TI, onde as equipes de Desenvolvimento e Operações trabalham em ciclos completamente diferentes, utilizando processos isolados. E a Cultura é fundamental, pois, se você não investir nela, todas as tentativas de automação serão em vão. A Automação necessita de pessoas engajadas e ferramentas para funcionar.
Automação: Aqui é um dos lugares por onde você começa quando já entende sua cultura. Neste ponto, as ferramentas podem começar a unir uma malha de automação de tarefas para o DevOps. As ferramentas para gerenciamento de versões, provisionamento, gerenciamento de configuração, integração de sistemas, monitoramento e controle e também orquestração tornam-se peças importantes na construção de uma estrutura de DevOps.
Medição: Medir é uma prática fundamental no gerenciamento de qualquer atividade e, com DevOps não é diferente. Se você não conseguir medir, não poderá melhorar. Uma implementação bem sucedida de DevOps deverá medir tudo o que puder com a menor frequência possível. Métricas de desempenho, métricas dos processos e também métricas de pessoas.
Compartilhamento: Compartilhar ideias e problemas é a maneira de manter ativo o ciclo do CAMS. Criar esta cultura onde as pessoas possam compartilham ideias e problemas é primordial. Outra motivação interessante na cultura DevOps é a forma como as histórias de sucesso de DevOps ajudam os outros. Na prática do DevOps é sempre bem vindo o compartilhamento das ideias, e falar sobre problemas não deve ser encarado como uma situação de acusação pessoal ou menosprezo por causar alguma falha durante o ciclo. O que importa de verdade é entender o que acontece de errado e corrigir os problemas.
Agora que já passamos pelo básico, vamos conhecer as 5 metodologias utilizadas no DevOps:

  1. Pessoas sobre processos e processos sobre ferramentas (People over Process over Tools): Esta metodologia começa buscando as pessoas certas para cumprir um papel necessário. Em segundo lugar, assegure-se de que o processo esteja correto e ótimo. Por fim, melhore a eficiência do processo, reduzindo etapas, através de automação baseada em ferramentas.
    Para deixar claro, as ferramentas de automação são as últimas. Não faz sentido automatizar processos errados mesmo que você utilize as ferramentas certas. Automação serve para ajudar atingir excelência operacional e não para criar mais problemas!
  2. Entrega Contínua (Continuous Delivery): Entrega/Distribuição Contínua é a capacidade de fornecer mudanças de todos os tipos – incluindo novas funcionalidades, alterações de configuração, correções de bugs e produção de experiências – nas mãos dos usuários, de forma segura e rápida de forma sustentável. Muitos times já tem atuado com metodologias Ágeis e técnicas relacionadas a CI/CD, sendo assim, parte da metodologia utilizada na prática do DevOps já é conhecida. Como o tema aqui é DevOps, não vou me aprofundar em CI/CD. Você pode buscar no Google ou clicar aqui para saber mais.
  3. Gestão Enxuta (Lean Management): A Gestão Enxuta (Lean Management) é uma abordagem para administrar-se uma organização que tem base no conceito de melhoria contínua, uma abordagem de longo prazo para o trabalho que sistematicamente busca alcançar pequenas mudanças incrementais nos processos, a fim de melhorar a eficiência e a qualidade. É derivada da metodologia “Lean Manufacturing”, amplamente utilizada nas linhas de produção de automóveis.
  4. Controle de Mudança no estilo “Operações Visíveis” (Visible Ops style Change Control): O Visible Ops é uma metodologia que faz parte do ITIL desde o ano 2000 aproximadamente e basicamente reflete o que foi abordado no “item 1.Pessoas sobre processos e processos sobre ferramentas”, onde a excelência operacional não está apenas na utilização de ferramentas e sim na utilização do conjunto Pessoas/Processos/Automação criando um ciclo de entrega de serviço simples, eficiente e com custos que proporcionem que o negócio (ou produto final) seja competitivo.
  5. Infraestrutura como Código (Infrastructure as Code): A infraestrutura como Código (IaC) é um tipo de configuração de TI em que desenvolvedores ou equipes de operações gerenciam e provisionam automaticamente os recursos de TI utilizando ferramentas de automação, em vez de usar um processo manual para configurar dispositivos de hardware e sistemas operacionais. A infraestrutura como Código é também descrita como infraestrutura programável ou definida por software. É possível utilizar ferramentas dos próprios fornecedores dos equipamentos/serviços ou utilizar ferramentas de terceiros como as conhecidas Chef, Puppet, Terraform etc.

DevOps é um assunto bastante amplo e contempla todas as áreas da TI, portanto, se você tem interesse é sempre bom manter o conhecimento em dia, pois, como sabemos, estamos em constante mudança e, a cada ano, os ciclos de vida em TI estão sempre mais curtos. A parte boa é que a maioria dos conceitos e áreas de conhecimento utilizadas na prática de DevOps são conhecidos e facilitam a adoção de DevOps. Os desafios quando falamos deste assunto é mantermos uma cultura favorável a colaboração e como montar e desmontar os blocos de acordo com as necessidades do negócio, como um brinquedo de blocos Lego.

A seguir, a lista que mencionei:
Obs. Estou disponibilizando a lista com os Títulos todos em inglês, pois, estou fora do Brasil há algum tempo e não tenho certeza se existem traduções para todos.

  1. The Visible Ops Handbook: Implementing ITIL in 4 Practical and Auditable Steps, by Gene Kim, Kevin Behr, and George Spafford
    https://www.amazon.com/Visible-Ops-Handbook-Implementing-Practical/dp/0975568612 
  1. Continuous Delivery, by Jez Humble and David Farley
    https://www.amazon.com/Continuous-Delivery-Deployment-Automation-Addison-Wesley/dp/0321601912 
  1. Release It!, by Michael Nygard
    https://pragprog.com/book/mnee/release-it 
  1. Effective DevOps, by Jennifer Davis and Katherine Daniels
    http://shop.oreilly.com/product/0636920039846.do
  1. Lean Software Development: An Agile Toolkit, by Mary and Tom Poppendieck
    https://www.amazon.com/Lean-Software-Development-Agile-Toolkit/dp/0321150783
  1. Web Operations, by John Allspaw and Jesse Robbins
    https://www.amazon.com/Web-Operations-Keeping-Data-Time/dp/1449377440
  1. The Practice of Cloud System Administration, by Christine Hogan, Strata R. Chalup, and Thomas A. Limoncelli
    http://the-cloud-book.com/
  1. The DevOps Handbook, by Gene Kim, Jez Humble, Patrick Debois, and John Willis
    http://itrevolution.com/devops-handbook
  1. Leading the Transformation, by Gary Gruver and Tommy Mouser
    http://itrevolution.com/books/leading-the-transformation/
  1. The Phoenix Project, by Gene Kim, Kevin Behr, George Spafford
    https://en.wikipedia.org/wiki/The_Phoenix_Project_(novel)

 

Eu gostaria muito de saber a sua opinião sobre o assunto.
Opine e participe da discussão aqui no Blog ou no meu perfil do LinkedIn!
Um abraço!

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O que é Cloud Storage Gateway: definição e utilização.

Conforme a adoção da Computação em Nuvem (Cloud Computing) evolui, novos desafios são encontrados, e constantemente superados. Este foi o caso do Armazenamento em Nuvem (Cloud Storage). Por haver diferenças entre padrões para armazenar dados em uma Nuvem Pública (ex. Azure, Google, AWS) e armazenar dados em seu Data Center (in loco / on premise), foi criado o Cloud Storage Gateway.

Os fornecedores de Cloud Storage entregam seus serviços de armazenamento utilizando APIs (Application Programming Interfaces) nos padrões/modelos REST (Representative State Transfer)  ou SOAP (Simple Object Access Protocol). No outro lado da moeda, as aplicações tradicionais (aquelas comumente utilizadas nas empresas) utilizam um padrão diferente, conhecido como “Block or File Data Abstraction”. Simplificando a história: Os modelos são diferentes.

Para atender esta necessidade de conversão entre padrões, existe o Cloud Storage Gateway, que tem a função de traduzir as informações de maneira bidirecional . Do lado Cloud Computing utilizando chamadas API (REST e SOAP) e  do outro que utilizando Protocolos de Armazenamento baseados em bloco (iSCSI, Fiber Channel) ou baseados em arquivos (NFS, CIFS). Este Gateway é um Servidor (Virtual ou Appliance) instalado entre as duas redes, que traduz as informações entre os lados de acordo com as requisições. Também podem existir outros recursos agregados a este Gateway (Backup/Recovery, Caching, Compression, Deduplication, Storage Provissioning e Encryption).

Um Cloud Storage Gateway também pode ser utilizado para transferir dados entre diferentes fornecedores de Armazenamento em Nuvem, dependendo da necessidade e da arquitetura da solução (sistema).

Resumo da obra: Se você tiver diferentes modelos de armazenamento de dados, você precisará de um Gateway para que estes dados sejam transferidos (e armazenados) de um lado para outro.

Recomendo uma visita a AWS para conhecer o AWS Storage Gateway: http://aws.amazon.com/pt/storagegateway/

Obs.: Existem muitos conceitos e termos técnicos inseridos no contexto do Cloud Storage Gateway. Eu apenas citei alguns termos, pois, o objetivo desta publicação é a introdução e visão geral, mas se você necessitar aprofundar-se no assunto, minha sugestão é o mergulhar nos conceitos de Armazenamento de Dados, pois, a partir daí tudo ficará mais claro.

Caso tenha alguma dúvida, crítica ou sugestão, por favor, contate-me.

Um abraço,
Antonio Ricardo Gonçalves

[Cloud Computing] O que é “Conteinerização”/”Containerization” (utilizando Docker)?

A “Conteinerização” é uma alternativa leve – e muito mais leve – para a Virtualização Completa (utilizando uma VM – Virtual Machine) que envolve a ação de encapsular um aplicativo em um recipiente com o seu próprio ambiente operacional. Esta alternativa fornece muitos dos benefícios de carregar um aplicativo em uma máquina virtual, como executar o aplicativo em qualquer máquina física adequada, sem quaisquer preocupações com dependências.

A Conteinerização ganhou bastante destaque com a solução open-source Docker. Os contêineres Docker são projetados para funcionar em qualquer tipo de dispositivo/plataforma (em tudo), de computadores físicos à máquinas virtuais, bare-metal, OpenStack cloud clusters, instâncias públicas e muito mais.

Talvez, para quem não tenha conhecimento técnico em Virtualização ou em Computação em Nuvem, a explicação acima fique um pouco complicada ou distante de algo que possa fazer sentido, então, para simplificar um pouco – se é que isto é possível – podemos definir a “Conteinerização” como uma forma padronizada (um modelo) para a entrega de uma determinada aplicação dentro de uma estrutura virtual (Conteiner) que se assemelha a uma VM (Virtual Machine), e que consome menos recursos e possui estrutura para portabilidade mais simples entre diferentes ambientes físicos/virtuais. Podemos considerar de forma mais genérica – ou grosseira – que um Contêiner seria uma versão enxuta de uma VM Padrão (que necessita de um hypervisor para ser executada).

Abaixo, está disponível um vídeo contendo uma Introdução ao Docker, apresentado pelo fundador Solomon Hykes, publicado no Youtube pelo Twitter University. Divirta-se! 😀

Quer adicionar alguma informação a este conteúdo? Envie estas informações, sugestões e comentários através das Redes Sociais ou através de um comentário nesta publicação.

Um Abraço!

Antonio Ricardo Gonçalves

Hybrid Cloud: Quando escolher a Nuvem Pública ou a Nuvem Privada

Cloud Computing

O termo “Hybrid Cloud’ é um dos mais utilizados – e provavelmente “o que está em moda” – no universo da Computação em Nuvem (Cloud Computing). Não há nenhum mistério neste modelo, pois, ele é a combinação entre “Private Cloud” e “Public Cloud”. O importante é saber decidir, ao migrar sua estrutura atual, qual a melhor opção para sua empresa migrar os sistemas em produção (Nuvem Pública ou Nuvem Privada).

Vários aspectos do negócio e também técnicos devem ser considerados ao optar-se por um dos modelos. Questões como flexibilidade do ambiente tecnológico, expansão geográfica da empresa, economia com infraestrutura, retorno sobre os investimentos, segurança e integridade das informações entre várias outras; a serem definidas de acordo com a necessidade.

Do lado da Nuvem Pública, os custos são atrativos, pois, o investimento em hardware e software é praticamente zero. Aqui, o fornecedor irá entregar este “pacote” pronto para ser utilizado. Imagine que você tenha que criar uma estrutura temporária para um evento ou projeto e que seu orçamento e prazos sejam enxutos. Neste caso, seria possível viabilizar esta solução, sem investir em hardware e evitar muita burocracia, entregando um ambiente pronto em um período curto, comparado com um modelo onde haja necessidade de montar estrutura física, comprar hardware e software e assim por diante. Do lado da nuvem pública você irá adquirir basicamente SaaS, PaaS ou IaaS.

Por outro lado, se você precisa de uma solução que ofereça vantagens da Computação em Nuvem, porém, a segurança das informações é algo extremamente delicado, optar pela Nuvem Privada é uma boa escolha. Neste caso você conseguirá utilizar os recursos do modelo Cloud que deseja, combinado com vários aspectos de segurança que você necessita, implantando a solução – imagine um Data Warehouse – exatamente de acordo com estratégias de segurança de sua empresa.  Lembrando que, nesta opção, você irá criar sua nuvem, com a necessidade de hardware e softwares para atender seu modelo. O gerenciamento da Nuvem Privada ficará sob sua responsabilidade.

Lembre-se, que, você pode – e provavelmente irá – ao longo do tempo, misturar Nuvem Pública e Nuvem Privada. O termo Nuvem Híbrida nasceu por conta desta necessidade e isto não é nenhuma tarefa impossível. A Plataforma Azure da Microsoft, por exemplo, permite que isto seja feito de acordo com suas necessidades.

Como é possível perceber, não há uma “receita de bolo” para a utilização do modelo Cloud Computing. É necessário planejamento estratégico e tático para que o objetivo seja alcançado. É fundamental que haja uma equipe de especialistas multidisciplinares para que a tomada de decisão seja apoiada em critérios que realmente atendam ao negócio.

Obs.: Este texto é direcionado a empresas médias e principalmente as grandes empresas, onde normalmente questões geográficas, aspectos de conformidade de diferentes legislações possuem grande peso na tomada de decisões.

Boa sorte e sucesso!

Um grande abraço,
Antonio Ricardo Gonçalves

Cloud Computing: Como funciona um Datacenter da Microsoft (Vídeo)

A maioria dos profissionais de tecnologia – e de outras áreas também – estão acostumados ao Termo Cloud Computing (Computação em Nuvem). Mas será que a maioria sabe o que é um datacenter preparado para este modelo?

Venho abordando o tema de vários pontos de vista, com conceitos técnicos – os modelos SaaS / PaaS / IaaS -, soluções de mercado e como Cloud Computing pode solucionar problemas relacionados ao negócio. No entanto, muitos não tem ideia do tamanho e da capacidade de um datacenter que atende a este modelo de Computação em Nuvem.

Pesquisando conteúdo, encontrei um vídeo publicado pela Microsoft no Youtube, onde é possível dar um passeio por dentro de um datacenter da Microsoft. Então decidi compartilhar, pois, nada melhor do que visualizar o que acontece por trás de todos estes conceitos, siglas, soluções que abordo neste blog.

Espero que gostem!
Caso haja alguma dúvida, por favor, escrevam. E se por algum motivo o vídeo apresentar algum problema, por favor, alguém informe.

Um abraço!
Antonio Ricardo

Visão Geral de Hybrid Cloud da Microsoft (em inglês)

hybrid cloud

Recentemente a Microsoft vem acrescentando muita informação relevante para auxiliar a adoção de suas soluções baseadas em Cloud Computing (E não poderia ser diferente). Como estou com pouco tempo para redigir artigos ultimamente, decidi compartilhar – através do link abaixo – uma série muito importante que aborda a visão da Microsoft a respeito de Hybrid Cloud e fornece vários documentos que podem apoiar desde o conhecimento da solução, até sua aplicação prática.  Nesta série são apresentados todos os recursos oferecidos pelo Microsoft Azure, aplicados em vários conceitos que são apresentados em vários artigos deste blog. Para quem se interessa pelo tema Gerenciamento de Computação em Nuvem, por exemplo, vale à pena conferir os tópicos que abordam a utilização do System Center, onde é possível comparar teoria e prática com uma abordagem bem clara.

Este é o Link para o conteúdo no Site da Microsoft (em Inglês): http://blogs.technet.com/b/in_the_cloud/archive/2013/11/12/table-of-contents-success-with-hybrid-cloud.aspx

Boa Leitura!
Um abraço,
Antonio Ricardo

[Microsoft Cloud] Comercial de TV da Microsoft sobre Cloud Computing

Como estou sem tempo disponível para novas publicações, decidi compartilhar um comercial da Microsoft que é veiculado constantemente nos canais de TV dos EUA / Canadá.
É um exemplo da aplicação da Nuvem da Microsoft (Microsoft Cloud) na prática (em uma situação real).
Divirtam-se!

Um abraço!
Antonio Ricardo

Seus Aplicativos estão prontos para a Computação em Nuvem?

Cloud Computing

A resposta para a pergunta do título deste artigo (Seus Aplicativos estão prontos para a Computação em Nuvem?) é óbvia: Não estão!

Cientes desta situação, podemos elaborar algumas explicações e também algumas soluções para o desafio de entregar Aplicativos / Sistemas compatíveis com a Computação em Nuvem.

[Leia mais: O que é Cloud Computing? / O que são SaaS, PaaS, IaaS?]                                       

Porque as aplicações não estão prontas para serem migradas / transferidas para a Nuvem?!

Simplesmente porque há uma grande diferença nos conceitos da computação tradicional, quem vem sendo utilizada nas últimas décadas, que é baseada em soluções individualizadas, ou seja, desenvolvem-se sistemas para determinadas necessidades (de uma companhia ou segmento) e estes sistemas são entregues normalmente em uma infraestrutura de TI local ou que estejam num provedor de serviços de outsourcing, porém, estas estruturas são conceitualmente diferentes de uma Nuvem e baseiam-se na relação Carga do Sistema x Capacidade do Hardware enquanto na Computação em Nuvem esta relação é diferenciada.

Inúmeros fatores são relevantes no momento da arquitetura de um novo sistema; como quais linguagens, bancos de dados, sistemas operacionais e demais tecnologias relacionadas serão utilizadas para que este sistema seja desenvolvido – além do óbvio que são as necessidades e as regras do negócio – e até pouco tempo atrás a Computação em Nuvem e seus conceitos e modelos simplesmente não existiam e/ou não estavam acessíveis à maioria das empresas.

Com a Computação em Nuvem tornando-se realidade e disponível para todos através de grandes empresas como Microsoft, Google, Amazon e também por outros inúmeros pequenos fornecedores, tornou-se viável desenvolver soluções para qualquer tipo ou tamanho do negócio, utilizando-se as vantagens deste modelo.

 [Leia mais: Gerenciamento de Cloud Computing – Pt. I / Gerenciamento de Cloud Computing – Pt. II]

As vantagens e os desafios dos Aplicativos na Nuvem!

A grande vantagem da computação em nuvem do ponto de vista da entrega de um sistema é sua capacidade de elasticidade, o que significa que você pode ter uma solução capaz de atender 10 usuários ou 100.000 usuários utilizando os recursos técnicos que a Nuvem lhe oferece. Isto é possível por causa da capacidade de desvincular a capacidade de carga de um sistema a capacidade de carga do hardware, pois, no modelo de Computação em Nuvem as camadas de hardware e os sistemas funcionam separadamente e este fator – dentre outros contidos na Computação em Nuvem – faz com que, um sistema desenvolvido com arquitetura de Computação em Nuvem seja capaz de crescer ou diminuir instantaneamente para atender as necessidades do negócio.

Outras características da Computação em Nuvem que podemos considerar vantagens são a maior capacidade de monitoração e gestão do ambiente, o que proporciona visão em tempo real do ambiente e também maior capacidade de prever risco ou necessidades operacionais. Estas características são básicas na computação em nuvem, assim como a Orquestração que é responsável pela automatização de processos e a capacidade de manter a Nuvem (Privada ou Publica) sempre em operação sem a necessidade de intervenção humana na maioria das situações cotidianas.

Neste momento que estamos, creio que o grande desafio seja o conhecimento, pois, grande parte dos profissionais ainda tem em mente o modelo pré Cloud Computing, portanto, aprender a desenvolver em um ambiente com muito mais possibilidades e recursos demanda tempo e esforço e esta mudança não ocorre em um período de curta duração. Também existem outros fatores como resistência a mudanças, a própria falta de entendimento de muitos conceitos de Computação em Nuvem que podem prejudicar o desenvolvimento para este ambiente atualmente, mas que, certamente serão superados nos próximos anos.

O importante é ter em mente que a Computação em Nuvem é um modelo que está revolucionando a Tecnologia da Informação e que certamente toda empresa terá sistemas baseados neste conceito e  também que possuir conhecimento para criar soluções em Nuvem é essencial para quem atua no mercado de TI.

 Um abraço!
Antonio Ricardo

Exemplo de IaaS

Para finalizar a Trilogia de Exemplos de Cloud Computing: SaaS, PaaS e IaaS, neste artigo ilustro a seguir uma aplicação prática do modelo IaaS.

Primeiramente vamos recapitular o conceito:

IaaS – Infrastructure as a Service (Infraestrutura como um Serviço) Neste modelo você contrata sua infraestrutura de TI como serviço, com uma vantagem muito interessante ao modelo tradicional, que é a contratação de servidores virtuais (e outros dispositivos de infraestrutura) ao invés de comprar servidores, roteadores, racks e outras “caixas” de hardware. Aqui você é tarifado por alguns fatores, como o número de servidores virtuais, quantidade de dados trafegados, dados armazenados e outros itens, dependendo de como e com quem (fornecedor IaaS) você trabalha. Neste caso, creio que o Windows Azure, Amazon EC2 e a IBM sejam bons exemplos para quem queira pesquisar mais sobre o assunto. No IaaS, obviamente também é utilizado o modelo pay-per-use, onde a cobrança é baseada no serviço e não em licenciamento de produto, ou seja, se você precisa de 10 servidores para o próximo mês, você contrata a utilização destes servidores por este período determinado e depois, simplesmente cancela a utilização.

O modelo IaaS é apoiado em soluções de virtualização (Ex. VMware, Microsoft, RedHat etc.) que são amplamente utilizadas atualmente, adicionando ingredientes extras muito importantes relacionados ao gerenciamento do ambiente. Geralmente num ambiente virtualizado “in company” a questão do gerenciamento fica limitada aos recursos mais básicos como memória, armazenamento e processamento, porém, no modelo IaaS é esperado que o gerenciamento vá além do básico, entregando maior capacidade de provisionamento do ambiente, melhor disponibilidade (por tratar-se de ambiente mais robusto e mais complexo), além do ponto fundamental que é a gestão do custo, pois, o IaaS é comercializado baseando-se na utilização dos recursos, então se não houver um sistema eficiente que gerencie todos os recursos, alguma das partes sairá prejudicada.

O Exemplo prático:

Como a Microsoft tem uma base instalada maior que os demais, torna-se um pouco mais fácil exemplificar, utilizando o Windows Azure, pois a maior parte (ou a parte total) é formada de soluções já utilizadas em infraestrutura de TI convencional.

Através da Plataforma Windows Azure, além de seus servidores Windows, Linux e outros Sistemas Operacionais x86 e 64 bits é possível criar do ponto zero ou ainda estender sua infraestrutura para o modelo Cloud Computing / IaaS transferindo parte dela para a nuvem, incluindo o Active Directory, aramzenamento / backup, aplicações web internas ou externas hospedadas em IIS, Apache etc.

Através de várias soluções integradas na plataforma Azure é possível criar conexões seguras pela Internet e tornar sua infraestrutura flexível, tirando proveito de uma infraestrutura na Nuvem. Você terá uma extensão da sua infraestrutura atual, sem se preocupar com o hardware.

Recomendo o acesso ao site do Windows Azure, pois, existe muito conteúdo em português, e cada um dos itens da solução possui uma grande biblioteca de informações, além de eventos e a comunidade Microsoft que é uma ótima fonte de obtenção de conhecimento. Creio ser mais interessante e objetivo obter as informações diretamente na fonte. Também não deixe de acessar a calculadora disponível no Site do Windows Azure, pois, esta lhe fornecerá uma excelente base para entender como os custos são aplicados.

Um grande abraço!
Antonio Ricardo

 

Gerenciamento de Cloud Computing (Private Cloud)

Como mencionei no artigo anterior, o gerenciamento de Cloud Computing para quem adota o modelo de Private Cloud (Nuvem Privada) merece atenção especial, pois, sem a aplicação de um bom modelo de gestão aliado a um software destinado a este fim, sua nuvem privada pode tornar-se um fracasso.

É necessário um conjunto de hardware e software para a criação de uma Nuvem Privada, e para que este conjunto funcione harmoniosamente, você precisará de uma solução – software – destinada ao gerenciamento de sua nuvem.  Um bom exemplo para entender como isto funciona é comparar com uma orquestra, onde existem músicos excepcionais e que dominam totalmente seus respectivos instrumentos musicais, porém, para que haja harmonia entre todos estes e seja produzida boa música e um resultado em grupo, o maestro é fundamental na condução do conjunto.

Existem vários fornecedores no mercado que entregam ótimas soluções para esta finalidade. Muitos fornecem soluções completas, onde você terá desde o modelo conceitual, hardware e software e a plataforma para fazer a gestão da sua Nuvem Privada.

Um ponto fundamental a ser destacado para quem passa a utilizar uma Nuvem Privada é basear a maior parte dos recursos oferecidos no conceito de auto-serviço (self-service), onde, o cliente pode criar seus próprios recursos, como máquinas virtuais (servidores / desktops), armazenamento etc. Este cliente pode ser um departamento de T.I. ou outro qualquer, dependendo da necessidade, e isto é definido de acordo com um modelo de gestão baseado nas necessidades dos negócios da empresa.

As duas fontes a seguir podem lhe fornecer muita informação sobre este assunto: (Obs. Os exemplos não são patrocinados, como sempre faço. Caso queira sugerir algum outro exemplo, fique a vontade. Sugestões são sempre bem-vindas!) http://www.microsoft.com/en-us/server-cloud/solutions/virtualization-private-cloud.aspx#fbid=IW3d6VZuKPD
http://www.vmware.com/br/products/vsphere/

Um grande abraço!
Antonio Ricardo